Esportes
Esportes
Um duelo entre dois dos principais favoritos ao título do Brasileirão, onde a estratégia de um fez a diferença em 90 minutos de equilíbrio nos números e abismo na organização. Este foi o roteiro da vitória por 2 a 1 do Atlético-MG sobre o Flamengo na noite de quarta-feira, no Mineirão. Algo que passa muito pelas escolhas de Cuca e Rogério Ceni.
As estatísticas indicam equilíbrio e até maior presença ofensiva do Flamengo, com 54% de posse de bola e 16 finalizações contra 12. O desenho do jogo, por sua vez, apresentou um Galo mais seguro e consciente de suas ações a todo instante. E muito disso passa pela presença de Nathan Silva como terceiro zagueiro.
O primeiro tempo foi de trocação franca, mas o Flamengo fazia mais força para chegar ao ataque do que o Atlético. Acaba se desgastando para criar e, principalmente, se recompor defensivamente. João Gomes, Michael e Isla tiveram dificuldade para encontrar o equilíbrio entre subidas e descidas e deram sinais de desgaste.
Com praticamente uma linha de cinco como opção na saída de bola, o Galo superava com facilidade a marcação de um adversário que tentava abafar com Pedro, Bruno Henrique e Michael, mas não subia todas as linhas. O Flamengo nem avançou na pressão, nem compactou lá atrás, o que permitiu um Atlético-MG bem agudo ao usar a superioridade numérica para vencer a barreira inicial.
O Flamengo não foi um time de aproximação para triangulações, por mais que tivesse se desenhado para isso com Pedro, Gomes e Isla na direita, Michael, Arrasca e Filipe na esquerda. As jogadas não fluíam e Everson era pouco exigido.
Em contrapartida, o Galo construía desde a saída e ainda forçava o erro quando o Flamengo tentava trocar passes na defesa. Surpresa de Rogério, Bruno Viana teve dificuldades e foi substituído no intervalo depois de muito errar.
Na volta para o segundo tempo, o Flamengo tinha Hugo Moura na cabeça de área e Arão na zaga, mas faltou tempo para se organizar. Savarino aproveitou espaços no miolo para finalizar em gol aos cinco e aos sete minutos. E Diego Alves ainda evitou o terceiro pouco depois em cabeçada de Nathan Silva.
Com a vantagem, o Galo recuou e apostou em contragolpes, dando campo ao Flamengo. Rogério deu fôlego ao time com Renê, ainda mais presença de área com Rodrigo Muniz, e o time teve 15 minutos que por pouco não foram suficientes para o empate.
Willian Arão descontou, e Arrascaeta desperdiçou chance clara na frente de Everton após um-dois com Muniz. Azar para o uruguaio que demonstrou cansaço, mas foi quem apresentou maior lucidez na noite rubro-negra.
Com quatro derrotas em oito partidas no Brasileirão, o Flamengo dessa vez não amassou o adversário, não empilhou chances claras desperdiçadas e teve dificuldade para se organizar. Erros de Rogério nas tomadas de decisão, mas também muito mérito de Cuca.
G1
Notícias Relacionadas