Argentina
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Cerca 20% dos estabelecimentos comerciais de Porto Iguaçu, na Argentina, foram fechados definitivamente durante a pandemia do novo coronavírus, segundo a Câmara de Comércio da cidade.
O município, que liga o país a Foz do Iguaçu, pela Ponte Tancredo Neves, sente os impactos econômicos com a fronteira fechada desde março de 2020.
Segundo a Câmara, outros 30% dos estabelecimentos decidiram fechar temporariamente. A medida é uma tentativa de evitar um prejuízo maior.
Até esta quinta-feira (29), o governo argentino não havia divulgado nenhuma data para a reabertura da fronteira com o Brasil.
A ponte fechada também tirou de Porto Iguaçu turistas brasileiros e de outro países, pois eles usavam o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu.
No aeroporto argentino, a situação também é difícil, eram em média, 23 voos diários. Atualmente, não passam de três voos.
"O turismo na região é formado pelo intercâmbio entre estrangeiros que vinham pela Argentina e estrangeiros que vinham pelo Brasil. Os dois países se nutriam desse tráfego, porque um turista europeu que iria para Bariloche, Calafate, passava por Porto Iguaçu, Foz do Iguaçu e seguia para o Rio de Janeiro, Bahia", explicou o presidente do conselho, Pablo Bauzá.
As Cataratas do Iguaçu, que também divide as quedas com a Argentina, tiveram redução no número de visitantes.
O Parque Iguazu, que nos primeiros meses de 2020, antes da pandemia, registrava cerca de 3 mil visitantes diariamente, recebe agora de 150 a 200 pessoas por dia.
Com a proximidade das férias, esse número deve subir para até 1,1 mil visitantes na média diária.
Segundo o presidente do Iturem Iguazu, que é órgão responsável pelo turismo em Porto Iguaçu, quando o tema é a reabertura da fronteira, as instituições que trabalham para o turismo e o desenvolvimento regional desconhecem qualquer previsão nesse sentido.
“Nesse momento, só se escutam alguns rumores, mas não temos certeza. A nossa esperança é o avanço da vacinação nos dois países e nos outros países do mundo, que já estão fazendo reaberturas”, disse Leopoldo Lucas.
O comerciante Victor Biasone Fernandez está com o estoque cheio na loja de bebidas, conservas e embutidos. Ele sente falta do principal, que é os consumidores.
G1
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